Contraponteando

Passo anônima ante a lua pálida,

acostumada às correntezas

que ponteiam o tempo sem pressa.

Sou transitória como brasas cinzas,

dos fins de fogueiras utópicas

queimando vícios que me sufocam.

Volto ao meu Eu inseguro e voraz

para deter-me ante a visão ilógica

da vida; cuja incógnita é meu delírio.

No contraponto dessa desilusão,

afasto-me das coisas rebuscadas,

e me perco, na amplitude de mim mesmo.

Natal RN / Itabira MG.

17/08/2010

Marçal Filho e Conceição Bentes
Enviado por Marçal Filho em 27/04/2015
Reeditado em 28/06/2015
Código do texto: T5221953
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