Contraponteando
Passo anônima ante a lua pálida,
acostumada às correntezas
que ponteiam o tempo sem pressa.
Sou transitória como brasas cinzas,
dos fins de fogueiras utópicas
queimando vícios que me sufocam.
Volto ao meu Eu inseguro e voraz
para deter-me ante a visão ilógica
da vida; cuja incógnita é meu delírio.
No contraponto dessa desilusão,
afasto-me das coisas rebuscadas,
e me perco, na amplitude de mim mesmo.
Natal RN / Itabira MG.
17/08/2010