(mundo precário/ Questão de tempo)
(mundo precário)
descamo poemas
nesta manhã absurda
descubro caminhos
penso no que somos
(mosca
rato
serpente...
uma mente brilhante
uma raça horripilante
demente!)
sol esquivo
fechado em seu brilho
antes de desligar o dia
amarro um quadro
no quarto de vozes
na câmara ardente dos sonhos
estaciono o amanhã
- José Carlos de Souza -
(Questão de tempo)
Precisa um tempo,
pra andar,
falar,
entender.
Precisa um tempo,
pra saber o lado do vento,
usar unguento,
sentir amor,
distinguir cor.
Fugir do perigo,
pagar castigo,
não jogar conversa fora,
ficar pra não ir embora,
Não ferir sentimentos,
não impor argumentos,
Um dia a gente aprende,
ao doer arranca-se o dente,
há hora da sorte,
hora pra morte...
Questão de tempo.
- billy brasil -