PÉTALAS DESENGANADAS

Apenas um conto de amor,

que ficou no passado

mas sinto o mesmo calor,

quando, na cama, acordado.

Conto que não foi de fadas,

no peito, as marcas guardei.

Sozinho, pelas madrugadas,

revivo tudo que provei.

A lua é minha companheira,

quarto minguante de dor.

No meu jardim, só poeira,

nunca mais nasceu flor.

Nas minhas horas febris,

plena de desejos, marcadas,

relembro a rosa que eu quis,

pétalas desenganadas.

Poeta Télio e Alcy
Enviado por Poeta Télio em 11/04/2015
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