PÉTALAS DESENGANADAS
Apenas um conto de amor,
que ficou no passado
mas sinto o mesmo calor,
quando, na cama, acordado.
Conto que não foi de fadas,
no peito, as marcas guardei.
Sozinho, pelas madrugadas,
revivo tudo que provei.
A lua é minha companheira,
quarto minguante de dor.
No meu jardim, só poeira,
nunca mais nasceu flor.
Nas minhas horas febris,
plena de desejos, marcadas,
relembro a rosa que eu quis,
pétalas desenganadas.