FOGUEIRA
Deixa-me aquecer na fogueira do teu prazer...
Tenho a alma fria de estender a roupa fria...
Quero a lareira acesa da imaginação e sorrir
Nesta tarde de vento tempestade de areia
Ventos tempestuosos de mil desejos
Na lareira do tempo entrego-me aos teus beijos
Na imaginação de orgasmar na comunhão da alma
No ardente prazer envolvente que nos inflama
A busca constante de não parar, querer mais até ao sonhar
Num dia inteiro que nos possa envolver e pela mão levar
Que sem jeito e em respeito quero passar as mãos no lume
Desde que o seu ardor de lenha queimada se perfume
Fagulhas de amor se espalha no ar
Corpos ardentes na fogueira
Almas queimando ao se entregar
Murmurar de um silêncio gemido na hora,
Razão proporcional aos dois corpos
Erosão e choques, ventos e sopros
Da rosa dos ventos encontrados
Sem direcção do mundo se evadem
Conquistadores do seu próprio lugar
Nas dunas de uma própria solidão
Em cardos se picam na desgarrada
Querendo conjugar os termos do verbo
Conjugação, no tempo presente,
Amor dos tempos de solidão
Tão próximo desses ventos distantes
Entre oásis, florindo na mesma razão
No acariciar, e no envolver, do tacto das peles
Banhadas no favo de mel
Colmeias intensas d'aromas
Tão selvagens quanto o amar
Na densa floresta ou na praia-mar
Na orla de qualquer sentir
23 Mar, 2015
(a´C & Merlin Magiko)