FOGUEIRA

Deixa-me aquecer na fogueira do teu prazer...

Tenho a alma fria de estender a roupa fria...

Quero a lareira acesa da imaginação e sorrir

Nesta tarde de vento tempestade de areia

Ventos tempestuosos de mil desejos

Na lareira do tempo entrego-me aos teus beijos

Na imaginação de orgasmar na comunhão da alma

No ardente prazer envolvente que nos inflama

A busca constante de não parar, querer mais até ao sonhar

Num dia inteiro que nos possa envolver e pela mão levar

Que sem jeito e em respeito quero passar as mãos no lume

Desde que o seu ardor de lenha queimada se perfume

Fagulhas de amor se espalha no ar

Corpos ardentes na fogueira

Almas queimando ao se entregar

Murmurar de um silêncio gemido na hora,

Razão proporcional aos dois corpos

Erosão e choques, ventos e sopros

Da rosa dos ventos encontrados

Sem direcção do mundo se evadem

Conquistadores do seu próprio lugar

Nas dunas de uma própria solidão

Em cardos se picam na desgarrada

Querendo conjugar os termos do verbo

Conjugação, no tempo presente,

Amor dos tempos de solidão

Tão próximo desses ventos distantes

Entre oásis, florindo na mesma razão

No acariciar, e no envolver, do tacto das peles

Banhadas no favo de mel

Colmeias intensas d'aromas

Tão selvagens quanto o amar

Na densa floresta ou na praia-mar

Na orla de qualquer sentir

23 Mar, 2015

(a´C & Merlin Magiko)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e a´C
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 25/03/2015
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T5182737
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