Por amor,
Eu revelei as cores da lua
Naveguei solitária pela brisa do mar
Corri nua pelos bosques noturnos
Cometi pecados, enviei recados
Busquei o céu, escondi o sol
Quebrei as regras, inventei estrelas
Soprei tempestades, parei o tempo
Fiz magia, poesia
Por amor, por você!



Vagando pelas ruas,
Alma exposta entre bancos,
Jardins, praças e promessas...
Estrelas e luares.
Na nudez dos astros
A resposta infinita
Ao amor que, profano
E santo se entorna
Em poesia...
Na força incomparável
De um sentimento motriz.
As flores se entregam
Os pássaros cantam
Assim como os grilos
Estrilando em nossos ouvidos
E relembrando a cada momento
O quanto amar é fundamental.
Por amor fiz versos,
Por amor morri e renasci em esperanças
E desilusões.

Por amor, insensato caminheiro,
Andarilho dos astros, da esperança,
Além do que meu sonho enfim alcança
Navego, se preciso, o mundo inteiro.

Florindo, em primavera, meu canteiro
Perfuma em suas mãos a temperança,
Pois sei que chegará, mesmo em tardança
Em mágicas palavras, feiticeiro.

Por amor, morreria até mil vezes
Se pudesse renascer nos braços seus.
E que nada nos trague, em triste adeus,

A morte verdadeira, sem saída.
Mal sabe quanto espero, amor. Há meses...
Em ânsias, lhe falar de nossa vida...

Marcos Loures & Mara Pupin