Nossas línguas...
Hão de estar sitiadas sem comando.
Apenas os dos instintos...
Todos !!!...
Dos desejos... Da volúpia.... ...
Das sensações provocadas.
Línguas ao sabor do sabor...
Provado... Trocado...
Sugado... Comungado.
Línguas de fogo em chamas...
Em labaredas vivas.
Minha...
Suas línguas bailarinas...
Dançarinas em nós.

Nazareth Leal. Sol.
...
Maledicentes...insolentes...
Labaredas.

Se banham por agua...
Fora da boca.

E por ter sede...
Conseguem com a busca...
O que as palavras não servem.

Viperinas penetram...
Deslizam em fontes quentes.

Murmúrios de volúpias...
Cantam seus comandos.

Vivas...vivas...vivas !!!...
Fazem promessas...
Que surte seus efeitos.

Roçam a pele...
Sem dizer uma palavra.

A derme...
Com a verdade vinda dos olhos...
Da envaidecida alma.

Orgulhosas...
Pela vontade do tentar.

Malevolentes...
De vontades...
Caprichos e fantasias.

Viajam no que é reto...
Afogam nas fendas...
Bailam nos caminhos...
Confrontam-se.

Tão profundamente...
Que permanecem...
Comparsas.

Únicas...

Indiferentes...
Da tal banalidade...
Felação.

Invadidas...
Pela imaginação...
Do começo...
De nossas línguas.

 
ROMILPEREIRA e Nazareth Leal
Enviado por ROMILPEREIRA em 14/10/2014
Código do texto: T4999053
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