Andarilho - Paulo Mello/ Fanete Costa

: Alta

Prioridade: Alta

Andarilho

Bem sabes que sou andarilho.

Nos encontramos no

acaso da vida.

Passamos a nos entender,

aceitando um a deficiência do outro.

Rolando muita compreensão de

ambas as partes.

Pipocas e lindos filmes de

aventuras.

Veio o filme de romance.

Pintou o clima.

Fui avisando logo que eu

era um andarilho.

Peregrinava nas estações.

Vivenciado o clima, as temperaturas.

O sol,

A chuva,

O vento

Você não se importou e alimentou

o que não havíamos começado.

Alimentou sua carência afetiva mais forte.

Chegou o dia de minha partida,

assim como o verão se vai.

Precisava trocar de ares, novas paragens.

Sofri com seu desespero e tristezas,

Mas tinha lhe avisado de quem sou.

Não guarde magoa nem rancor

desse andarilhos que continuará

a ser sempre seu

Amigo

Paulo Mello

18.05.07

Ah, andarilho!

Você chegou, nos demos tão bem,

Até parecíamos almas-gemeas.

No inicio não pensei em nada

alem de amizade...o tempo foi passando,

Conspirando e nem notamos.

Compartilhamos dias e assistimos juntos

A noite chegar e nos tentar.

Você avisou-me; sou apenas um andarilho,

Sem nós

Sem elos

Sem amarras.

Esqueci do ontem...do amanhã.

Vivi o hoje...

Que tola fui eu...

Achei que meu coração prenderia o seu.

...o dia tão assustador chegou.

Chorei, sofri, mas fingi entender.

Você iria e eu ficava.

Com o coração cheio de amor

Mesmo que misturado à dor.

Sabendo do bem que me queres,

Do pedaço que levas de mim,

Um dia voltará,

Não me esquecerás assim...

Fanete Costa

(rabiscando)

Paulo Mello
Enviado por Paulo Mello em 24/05/2007
Código do texto: T499657