SOU RIO (com Malubarni)
(Malubarni e Mario Roberto Guimarães)
Sou rio, banho tanto o fértil e o infértil
Sou ora prodigio , ora uma desgraça
Não use minhas águas para o cantil
Contém veneno da desesperança
Sou rio e desemboco no mar tão ágil
Procuro um porto seguro que nasça
E que me acolha como mãe gentil
Na imensidão das águas há crença
Sigo sempre ao sabor da correnteza,
Levado pelas forças do destino,
Cumprindo a minha sina secular
Tanto podes me amar ou odiar,
Sem, no entanto, jamais perder o tino
De que habita em mim a natureza.
Neste dueto, as quadras são de Malubarni e os tercetos de Mario.