"SAUDADE...ELIANA FERRARESI / VAZIO...ANDRÉA MAIA

"Saudade"...Eliana Ferraresi

***"Vazio"...Andréa Maia

Meus dias a ti entreguei...

A cada gesto seu um sorriso meu roubava.

Viajei por seus sonhos

e naufraguei na saliva de seus beijos,

quando nos seus braços

me entregava.

***Minhas noites foram tuas...

Me perdi de propósito em teu corpo.

Conduzi tuas mãos por meus caminhos mais ocultos.

Provei do teu gosto,

Matei minha sede em tua boca!

Fui toda...fui tudo...

Fui delírio para em teus braços conseguir sonhar

Hoje sou só a dor desse instante,

de ver minha janela aberta sem nenhuma estrela

a despertar meu olhar.

Só a penumbra de um vazio que paira no ar

atirando-me na cama,

pra meu desalento

num soluço calar

***Hoje o peito se rasga

coração dispara nas lembranças...

à meia luz, a cortina sobrevoa os espaços que me encobrem de um imenso "nada"!

As lágrimas embaçam meus olhos,,

me afogando o corpo inerte,

me banhando desta silenciosa saudade.

Onde estas me pergunto ?

Que braços te agasalham?

Que corpo te acolhe?

Que mulher se não eu pode te amar assim?

Não sei....Não sei !

***Por que fostes de mim?

Recusastes meu peito como abrigo, meu corpo como teu porto!

Que amor poderás ainda ter senão o meu?

difícil saber...

Quero rasgar minha alma,

arrancar-te de dentro de mim....

Não, não..

Eu quero mesmo é ir atras de você e pense você o que quiser...

Eu sou assim:

Lua safada,

desatinada,

que vagueia na madrugada...

Sou estrela cadente,

carente de seus braços,

sedenta de beijos

de corpo suado

e já cansada de me amar sózinha...

***Quero que partas, nesse parto tão doído.

tirar-te de minhas entranhas...expurgar-te de minha alma.

revolver esse impulso de adeus tentando mais uma vez pra mim te trazer..

Assim eu sou...

sol que te queima,

insone sombra que te envolve,

Luz que acende ao teu mais simples toque...

Que se toca sozinha no afã de você!

Cadê você, que não volta

e assim apenas faleço

na saudades que herdei

de em ti me esquecer...

***Aonde estás?

Por que se foi?

Durmo apenas sobre os lisos lençóis,

sob a escuridão do desejo insistente...

Meu legado...

Esse amor que foi meu e que hoje morre em mim,

sem nem saber...sem nem querer!

Andréa Maia
Enviado por Andréa Maia em 18/05/2007
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