FORÇA VIVA / NEGRITUDE DO AMOR (com Gilnei Nepomuceno)

Nem a ti mesma eu hei de confessar

Sem porquês os meus segredos

O amor sem fim que me povoa a alma,

Em sonho platônico

Sem que eu possa vivê-lo em plenitude...

Aturdido na magnitude

É força viva, que jamais se acalma,

Nos meus sentimentos e medos

Voz sem amarras, que não quer calar.

Povoa meu brio romântico

A cada vez que eu vejo o teu semblante,

Uma coragem me possui

Fiel retrato de amor, vida e poesia,

Na garganta um desejo de revelar-me

Mais cresce em mim a chama, dia a dia,

Um grito mudo em gelo me intui

De um sentimento intenso e dominante.

Continuar sonhos... em amor calar-me?

Se deu-me a vida, por sina, ser poeta,

Preciso ir a ti, na centelha de uma aresta

É de se compreender que me legasse a musa,

Confessar o que me mantém na busca

Que me inspira e que o meu versejar completa.

Em desejo: arrancar esse amor das trevas.

Só não entendo, enfim, por impossível,

Amar-te real, em palpáveis canções

Por que motivo ela fez ser-me inacessível

Em acordes matinais de corações

Quem, ela própria, escolheu por predileta.

Nos ais das fronhas que de amor me elevas.

Dueto em versos alternados, sendo os ímpares de Mario e os pares de Gilnei.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 12/05/2007
Reeditado em 08/07/2009
Código do texto: T483957
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