Dueto = Porquês
(LHenrique Mignone)
Por que você me deu a mão, quando sucumbia
E me afogava em meio a meu próprio pranto,
Me ressuscitou para a vida com seu acalanto
E me fez renascer para a vida, para a poesia?
Por que você não permitiu que eu sucumbisse
Naquele momento em que nada mais acreditava,
Em ninguém, por que você disse que me amava,
E sobrevivia indiferente ao que mais existisse?
Por que você me acolheu e agasalhou nos seios,
em suas coxas, em seu ventre, em seus desejos,
por que se entregou inteira a mim, assim sem pejo,
incutindo-me esperanças de persistir, sem receios?
Não devia ter permitido que eu sobrevivesse
Àqueles momentos em que você me viu prostrado,
Para que hoje, após julgar que tinha reencontrado
O amor, você se vá, bem melhor então que eu morresse.
(Vana Barsan)
Por que dizer que és deixado, por quê?
Bem sabes que esse alguém vive por te querer,
Bem sabes o quanto sofre sem te ter,
Desde que partiu sem mais nem porque.
Sabes o quanto ainda sofre por ti, o quanto chora,
Que voraz dor consume esse coração, sem piedade,
Que vive a transbordar de amor, sem saciedade,
Desde que partiu desconhecendo esse amor, outrora.
Há muitos anos mantém habitado esse coração,
Que viveu sem mágoas por tanto te querer bem,
Forçada a seguir a vida com quem lhe disse: vem.
Amor inusitado, ferido, cortado, dilacerado na paixão.
Coração loucamente apaixonado e predestinado,
A sonhar em viver esse grande amor sem fim,
Que corre contra o tempo que já chega ao fim.
Bons ventos conduzam, enfim, esse coração fascinado!
Por que dizer que és deixado, por quê?
Bem sabes que esse alguém vive por te querer,
Bem sabes o quanto sofre sem te ter,
Desde que partiu sem mais nem porque.
Sabes o quanto ainda sofre por ti, o quanto chora,
Que voraz dor consume esse coração, sem piedade,
Que vive a transbordar de amor, sem saciedade,
Desde que partiu desconhecendo esse amor, outrora.
Há muitos anos mantém habitado esse coração,
Que viveu sem mágoas por tanto te querer bem,
Forçada a seguir a vida com quem lhe disse: vem.
Amor inusitado, ferido, cortado, dilacerado na paixão.
Coração loucamente apaixonado e predestinado,
A sonhar em viver esse grande amor sem fim,
Que corre contra o tempo que já chega ao fim.
Bons ventos conduzam, enfim, esse coração fascinado!