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TAÇA DE VINHO BRANCO
Ysolda Cabral
 

Madrugada de domingo,
a taça é de vinho branco.
Chorando e sorrindo,
sei que vou seguindo...
 
A cada doce gole,
um brinde à dor da saudade
e à blindagem que ora visto,
contra toda maldade.
 
Com misto de tristeza,
sinto o giro... E giro, e giro...
Pela vez primeira:
Sei que estou bêbeda!
 
Bêbeda e anestesiada! Admito.
Finalmente sinto pelo domingo
completa indiferença.
É isso!

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Praia de Candeias-PE
Em amanhecer de ressaca 
04.05.2014 

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Obs. Hoje, 30.11.2017,(quando ele já não está aqui -   se foi em 27.10.2017), relendo alguns poemas, encontrei o presente abaixo que, não sei como deixei escapar, ou não...


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 GARRAFA DE UÍSQUE
Rido Zenalim ( Odir Milanez) 

Ele adorava usar o nome detrás pra frente.

Amanhece a segunda. À vida ausente
de uma dose de uisque faço oferta.
 Da garrafa o dourado transparente,
 sensações de saudade me desperta.

 Após a quarta dose, à minha frente,
 a garrafa, a girar, comigo flerta,
 sorrindo-me sorrisos, feito gente,
 na bebida de vida então deserta.

 Ao seu sorriso rio e lhe decanto  um soneto,
que entorno em torno ao trago.
Faço-lhe versos mais, bebo outro tanto.

 Verso versos de adeus ao vidro vago,
 bebo no braço um pouco de meu pranto,
 beijo os cheiros do chão, a chamo... e apago...

 Rido Zenalim
(Com aplausos ao seu belo poema e lhe pedindo
permissão para mudar do vinho para o uisque)

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Como se ele precisasse pedir permisão
para me presentear com um belo soneto seu!  

Ah, meu Poeta amado, que falta você me faz!