Num papel amarrotado,
Rasgado,
Jogado,
Sou grão de rocha
Sou raiz orvalhada
Na enseada da saudade
Me equilibrando entre eu e mim...
Em esboços não-acabados e vacilantes
Em letras vibrantes
De um poemeto de um nada
Na poesia mais inesplicável
Que é a vida.
Tinjo as mãos da boca de poema
Para não perder-me n'alma
Na penumbra que me acalma
Que é a miragem refletidas
Em tuas perfeitas-letras ...
No premier ensaio que é a vida
O fado traçado,
O fardo triplicado na mais nívea rocha
Me esbato liquefeita
Tento ser uma brumada espuma
Pra que não sangre
Contra o rochedo do medo
Numa verdade não escrita
Lida nas entrelinhas de tua partida
Me deixando aprisionada nas correntes
Das mãos da tua boca.
Louca de desejo dos teus beijos.
Ray Nascimento
EQUILIBRIO DA SAUDADE
++**++ \\Amarras tolhem nossas poesias//
\\Correntes prendem nossas línguas//
\\Por medo silenciamos nossas bocas//
\\Roubam a saudade...
ficamos na bruma//
**++** \\Imagens no espelho refletem nossas vidas//
\\Nossas almas embaçam nevoentas//
\\Nosso hálito torna-se liquefeito//
\\Há suor orvalhado na escrita//
+*+*+* \\Somos o pião de equilíbrio da saudade//
\\Que verte sangue nas entrelinhas//
\\E tinge a celulose branca//
\\Seguimos vacilantes, mas de mãos dadas//.
Aleixenko Oitavo
(MEU MUI AMADO MARIDO)
Rasgado,
Jogado,
Sou grão de rocha
Sou raiz orvalhada
Na enseada da saudade
Me equilibrando entre eu e mim...
Em esboços não-acabados e vacilantes
Em letras vibrantes
De um poemeto de um nada
Na poesia mais inesplicável
Que é a vida.
Tinjo as mãos da boca de poema
Para não perder-me n'alma
Na penumbra que me acalma
Que é a miragem refletidas
Em tuas perfeitas-letras ...
No premier ensaio que é a vida
O fado traçado,
O fardo triplicado na mais nívea rocha
Me esbato liquefeita
Tento ser uma brumada espuma
Pra que não sangre
Contra o rochedo do medo
Numa verdade não escrita
Lida nas entrelinhas de tua partida
Me deixando aprisionada nas correntes
Das mãos da tua boca.
Louca de desejo dos teus beijos.
Ray Nascimento
EQUILIBRIO DA SAUDADE
++**++ \\Amarras tolhem nossas poesias//
\\Correntes prendem nossas línguas//
\\Por medo silenciamos nossas bocas//
\\Roubam a saudade...
ficamos na bruma//
**++** \\Imagens no espelho refletem nossas vidas//
\\Nossas almas embaçam nevoentas//
\\Nosso hálito torna-se liquefeito//
\\Há suor orvalhado na escrita//
+*+*+* \\Somos o pião de equilíbrio da saudade//
\\Que verte sangue nas entrelinhas//
\\E tinge a celulose branca//
\\Seguimos vacilantes, mas de mãos dadas//.
Aleixenko Oitavo
(MEU MUI AMADO MARIDO)