Temporal

Temporal, Cunhã...

As águas se agitam,

os rios não se misturam,

os botos embalam a beleza do dia.

No cais homens carregam o progresso.

O silêncio é profundo.

Temporal, trovoadas,

chuvas do caju.

Temporal! Cacique...

É meu medo do escuro

e sem abraço na infância solitária.

Do clarão secando árvores,

das ondas mudando o rio.

Não vejo botos e nem cais

Só um caos profundo,

um encolher vazio a cada trovão.

Alexandre Danel e Inalda Lima
Enviado por Alexandre Danel em 26/02/2014
Reeditado em 07/12/2014
Código do texto: T4707251
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