COLHER AMOR
Ventos uivantes.
Desejos extasiantes.
Corpos expelindo ardência e amor.
Inebriada ilusão.
Beijos que transpiram calor,
Bebidos com inspiração.
Almas agora cúmplices,
Presas nessa paixão,
Na essência desse aroma, no ápice da vida,
Oh delírios, total alegria provida.
E olhos devorando inocência,
Afagos, peles suando, toques de fragrância.
Denuncia nas caricias dos corpos,
A fome do instinto selvagem.
Razão de entrega, desejos expostos,
À aragem do prazer.
E sob o arco que forma a íris,
Banhos de luz com pétalas de líz.
Loucura de amor, momento feliz.
Num tom sussurrante,
A loucura dos amantes.
Num amor sereno, gostoso,
Bebido como licor formoso,
Amando, amando..
Nas margens de um rio brando.
Bela paisagem, volúpia em leito.
E o sol luminoso ao amor cantando,
No fogo eterno da paixão.
Esquecendo o inferno da solidão,
No olhar que à noite floresce.
Delírio em catadupa tomei.
E teu doce corpo beijei.
Bela paisagem de cor, roseiras em flor.
Leito de pétalas perfumado,
Onde se colhe o amor.