FALAMOS DE AMOR
O brilho dos teus olhos é aguarela pura.
Fonte que ilumina as estrelas,
Pintura natural em tela rubra.
Tradução duma alma bela,
Silogismo poético.
Amor rítmico, instante místico,
Onde as nuvens cobrem os sonhos
E abrem a porta aos ventos.
Guardam-se segredos dos amantes,
Contos nublados, amores roubados,
Paixões que o vento levou.
Flamígera luz que passa tão veloz,
Sussurrando o luar, com a sua sensual voz.
Que em seus ecos escreve ,
Desejos e vontades de amar!
E na noite que enche o ar de prazer,
Existe uma entrega sem o medo de se perder....
Ao amanhecer os corpos ainda colados no desejo,
O calor, o odor a amor...
Colam mais uma vez seus lábios carentes.
E presentes, tão presentes suaves mãos,
Palmilhando cada centímetro de pele,
Sentindo cada bater do coração
Ninguém os separa, ninguém os dispersa.
Olhos nos olhos, transparência...
Almas a falar com ardência,
Vivências cravadas na carne.
Entre quatro paredes, caladas,
As horas falaram por si na última badalada.
Ninguém viu, ninguém sentiu!
Mas o amor,
Esse puro sentimento, os uniu.