Clamor do sexo

Clamor do sexo

És meu louco e a cada dia mais,
Cada vez mais e muito mais louco...
Não podes declarar tua secura,
Pois assim reavivas esta loucura
que em mim aflora incontida,
instigada pela volúpia de teus afagos,
afagos tão desejados, a ponto de senti-los
mesmo quando distante,
muitos e não poucos,
meu namorado, amado, amante,
como que em teletransporte,
a me despertarem para a vida.
Para saciar o desejo de teus carinhos,
de teu corpo e de tua mente,
no afã do desejo de te ter,
meu, em mim, sentimento crescente,
que se faz com zelo, presente e tão forte,
neste ora sentido clamor do sexo
que ora sinto, tão sem nexo,
e que nada poderá detê-lo,
apenas a morte...

Pode até ser o clamor do sexo o que sentimos agora,
A brotar de nossos íntimos, incontido e inconsequente,
Clamor por afagos, carinhos, desejos de corpo e mente,
Então ora saciados, com o mesmo ardor de outrora.

Este desejo imenso de estar em teu corpo penetrado,
Fazendo-nos uno, na perfeição de côncavo e convexo,
Faz-me crer que, bem mais que mero clamor por sexo,
É puro amor, de forma como nunca antes expressado.

O infinito amor que se faz presente a cada momento,
Quando te retenho em meus braços, lânguida, nua,
Nesta profusão e mesclagem de tantos sentimentos,

Não pode ser resumido a clamor por sexo, por sorte,
Pois sempre tua alma foi minha, e minh´alma tua
E nada poderá nos separar, nem mesmo a morte...