CANÇÕES DE AMOR
(Ana Joaquina e Mario Roberto Guimarães)


As mãos que guiam a pena,
Descrevem paixões de momento,
Nos versos que compõem o poema
E eternizam um doce sentimento...

É luz que se acende na alma,
Como a apontar uma direção,
Invisível mão que se espalma,
Uma forma de bela orientação...

Poesias que brotam do peito,
Num momento de inspiração.
Cantam um amor imperfeito
E falam de uma cruel solidão...

São versos finalmente libertos
Da cela escura que os aprisiona,
Sonhos e planos redescobertos,
Num desabrochar que nos emociona...

Em estrofes imprevisíveis,
Afloram intensas emoções,
São situações inesquecíveis,
Expressando loucas sensações...

A poesia clama pela liberdade,
Quer ganhar mundo, sair em viagem,
Inda que falem de dor, ou de saudade,
Ou, que do amor, sejam somente imagem...

As horas se arrastam sorrateiras,
Nas longas noites que se vão,
Canções de amor derradeiras,
Registram uma imensa paixão...

E o poeta ouve, comovido,
Canções que ele mesmo escrevera,
Quando tudo fazia algum sentido,
Nos braços da amada companheira.


Dueto em estrofes alternadas, sendo as ímpares de Ana e as pares de Mario.