ALMA POÉTICA

ALMA POÉTICA

De alma livre, minha poesia reclama a tua

para decantarmos, ao som de harpas e cítaras,

versos de amor, de fadas e ninfas, da flor,

do gorjear de bem-te-vis, dos azul-anis

meus versos reclamam sóis de sabores doces,

anseiam o namorar no escurinho da branda rua,

querem lua, solfejos de anjos peraltas

como faróis em noites embriagadas de saudades

de alma solta, a janela aberta reclama a volta

do poeta fugidio que há algum tempo partiu,

indaga meu peito em ânsia de melodia poética

se não mais lerei o poeta ou se apenas hiberna

os versos confinados em si?

Pergunto às estrelas, antes de dormir,

observo céus em madrugadas calmas e sem véus,

e silencia o vôo a alma inconstante,

já não é o bastante esperar. Onde repousa, poeta,

a poesia? Na noite, em ti, na minha apatia?

Que me abrace, então, sua resposta, ao dormir,

que se revele em sonhos a sua viril alma poética

a renovar outra vez os encantos de seus versos,

inundando o mundo com suas razões e emoções,

transbordando esta minha poética alma!

DUETO COM CAROL

GILSON G SANTOS
Enviado por GILSON G SANTOS em 23/04/2007
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