FUI, FOSTE, FOMOS
FUI, FOSTE, FOMOS
Fui a pá do coveiro
Foste infiel e traiçoeiro
Fomos execráveis
Fui o prego no sapato
Foste a unha do gato
Fomos inomináveis
Fui um reles proxeneta
Foste filho do capeta
Fomos abomináveis
Fui simplesmente bandido
Foste um pervertido
Fomos intragáveis
Fui unha de fome
Foste murrinha... homem
Fomos miseráveis
(Jajá de Guaraciaba)
Fui uma trave no seu olho,
Calo ósseo no seu pé
Fui o peido de repolho
Seu cocô e o seu chulé.
Foste minha hepatite
E a minha dor no joelho.
Embora não acredite,
És visão do meu espelho.
Um pro outro fomos feitos
Assim bem quis o destino
Agora não tem mais jeito
Estamos como o “genuíno”!
Á sorte agora eu rogo
Mande logo a morte lerda
Precisamos morrer logo.
Nossa vida está uma merda!
Quando eu for pro “andar de baixo”
Pra cima sei que não vou
Vou escutar muito “esculacho”:
Nesta história, fui pivô.