TAÇAS - INSANAS - Maria Aranilda de Araújo - Billy Brasil
Sou traço... Um desejo no olhar... Teu vício...
De um desejo perdido
Alma desnuda... Teu pouso... Sem tramela
Sedução de um olhar sofrido.
Arraigado... Flagrado... Rima do teu verso...
Nas ondas revoltas do mar.
Ato e desato... No teu verso a bailar...
Talvez sinfonia inacabada que esqueci de tocar.
No toque do silêncio... Alma tragada...
Pelo tato quebrado em dunas gigantes.
Desejo contido... Atrevido na carne.
Timidez calculada, com fortes odores.
No extremo do teu corpo... Meu beijo
Como a querer o céu de antes.
Onde navega minha boca... Sabor embriagado.
Em prazeres da carne e seus filma dores.
Tuas mãos... Ah... Esse cetim de oásis...
Indecente abrindo caminho ao prazer.
Dança no meu ser... A compor teu verso...
Minutos eternos entre ser e não ser.
Borbulhas... Quando bebemos na mesma taça...
Deixando o sabor do quero mais.
Um desaguar sentido... O sabor de nossos corpos...
O veludo do gozo, pois como nós, ninguém faz.
No açoite... Quatro mãos a bailar...
Dedos insanos e impuros.
Na sintonia do amor... Ao entoar sussurros...
Palavras desconexas e olhos revirados de paixão.
Em prazeres equacionais... Flamejam em labirintos...
Só o agora, sem nada pra momentos futuros.
Onde o desejo é a direção...
Onde o centro, é solução.
Suave madrugada... A lua fogosa...
Cansa da trova e respira chorosa.
Qual viajor de pensamentos... Sedentos...
Fazendo à mil, certos desenhos.
Onde valsei teu beijo... Tatuei tuas curvas...
Ultrapassando barreiras, ganhando multas.
Para transbordar em taças entre nossas bocas.
Nossas almas lindamente insanas e loucas.
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TAÇAS - Maria Aranilda de Araújo – Fortaleza – CE
INSANAS - Billy Brasil – 20-11-2013 – 20.45 hs – Carapicuíba-SP