SAUDADES DAQUELE TEMPO
Quanta saudade daquele tempo...
Em que corria livre como uma borboleta...
Por entre as margaridas e violetas...
Em prisma...desnuda sem contratempo. *
Onde o espírito nas alturas
Divagava sonhos de crianças
Onde eu suportava as agruras
Nas tênues asas da esperança **
Lembro-me ainda das travessuras...
Do esconde-esconde...escalar muros...
Cabelos ao vento...na alma alvura...
Sonhos inocentes...sorriso puro. *
Jorro forte d’alegria infrene
Infância que não me sai da memória
Que o outrora para mim acene
É o primórdio da minha glória **
Meus versos hoje deixo aqui...
Num poema que tenho tatuado n'alma...
Como um canto que encanta e me acalma...
Duma infância que nunca esqueci. *
Quanta saudade daquele tempo...
Em que corria livre como uma borboleta...
Maria de Fatima e Valdomiro da Costa