Sessão Vermelha, entre ópios e fins

Em vermelho escrevo estas linhas

E um vermelho estou

Vermelho que embalsa-me, corrói

Um doce frio entre ópios e fins... e nós...

No fim do mês?

Qual mês? E vez?

Andei sem ver rastros, e até sem estopins cedi

Ao passo que me delito e me desfaço em ares noturnos e cinzas de luzes “feitas”

Que esmoreça?

Nós somos todos, nós ao mesmo tempo que somos um

Atropelo o sussurro dos cantos de gritos

Mas lanço-me sobre mim, tudo num só...

Só. É estar só

Em vermelho escrevo estas linhas

Por que vermelho?

Porque..., só?, somos?, gritos?, feitos luzes?, rastros, corrói, vermelho?, frio, ópio,

[quente!..., sonhar...

Qual fim? E vez?

Que inicie-se a crise!

Está aberta a seção, sessão, cessão? Sei não!

É isso mesmo, não sei de nada aqui...

Só sei que sinto e não esquivo

Vivo me desmanchando nas ruas

É isso mesmo, não sei nem onde estou!

Como se expressa um suspiro?

Eterno retorno dela mesma, mais uma vez!

Como se fala o impossível? E tem palavra?

Em uma guerra mútua, o silencia são as armas

Percebes que está no fim?

Que é este o fim... e este é homônimo, teu sinônimo seu

Falastes no escuro, sendo luz

Pois a perfeição se cria sem eixos

Não coloco no peito o que meu não é

Acendo o Sol, desligo a dor

Alcançar um porto...

TIC TAC TIC TAC

TIC TAC TIC TAC

Tempo.

27/09/10

Dueto de Karen Venegas e Marcio Phainon