Não havia mais nada

Ele

Despertando-me,

Parece-me, não de um sono

Do profundo inconsciente

Mas da letargia,

Onde via e não via,

O extremo e o pleno

Do real ao surreal

Era eu, era ela

Num só corpo abraçados,

Emoção do mesmo pranto.

Não respirávamos na transfusão

De um para o outro

Da sublimada força etérea

Não éramos ninguém,

Éramos força iluminada

Suave e forte,

Não havia mais nada,

Não havia mais ninguém.

Ela

Não havia mais nada

Despertou-me

De uma espécie de morte

Onde somente a má sorte

Sempre foi minha companheira

Era eu, era ele

Num só corpo confundindo os corações

Eu respirava dentro dele numa suave dança

Força iluminada nos tornamos

Na doce luz da madrugada

Não havia mais ninguém

Não havia mais nada.

PS: Obrigada amigo e parceiro Gilberto Chaves, você sabe conduzir a dança das letras na mais pura emoção. Valeu amigo querido.

Ana Maria de Moraes Carvalho e Gilberto Chaves
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 14/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4571013
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