Não havia mais nada
Ele
Despertando-me,
Parece-me, não de um sono
Do profundo inconsciente
Mas da letargia,
Onde via e não via,
O extremo e o pleno
Do real ao surreal
Era eu, era ela
Num só corpo abraçados,
Emoção do mesmo pranto.
Não respirávamos na transfusão
De um para o outro
Da sublimada força etérea
Não éramos ninguém,
Éramos força iluminada
Suave e forte,
Não havia mais nada,
Não havia mais ninguém.
Ela
Não havia mais nada
Despertou-me
De uma espécie de morte
Onde somente a má sorte
Sempre foi minha companheira
Era eu, era ele
Num só corpo confundindo os corações
Eu respirava dentro dele numa suave dança
Força iluminada nos tornamos
Na doce luz da madrugada
Não havia mais ninguém
Não havia mais nada.
PS: Obrigada amigo e parceiro Gilberto Chaves, você sabe conduzir a dança das letras na mais pura emoção. Valeu amigo querido.