GOSTO DE ALFENIM
Ysolda Cabral
 

Ontem eu vi, juro que vi!
Vênus, a Dalva e a Lua
brilharem como nunca.
Achei tão lindo! Feliz, sorri.

Mas, senti que o sal
salgava a minha boca...
Era duma lágrima boba.
Nada de anormal!
 
Fixei o olhar no Céu...
Deixei que saísse a minha alma!
E ela se foi a passear ao léu...
Do que viu eu não sei dizer de nada.
 
Só sei que, quando voltou pra mim,
deixou-me suspeições por onde  andara:
Chegou com jeito e gosto de alfenim!
 
Estivera contigo e te beijara!


Recfe-PE
07.11.2013
Apenas Ysolda

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GOSTO DE ALFENIM
Odir Milanez
 
 
Os beijos que te dei, mesmo os não dados,
bem guardados estão dentro de mim.
Docemente os conservo em meus cuidados
para que guardem o gosto de alfenim.
 
De nós dois os abraços consumados,
unidos aos sonhados sem ter fim,
mantenho entre meus braços abraçados
aos não dados – que abraço, mesmo assim.
 
Para que, nas loucuras do repente,
quando o tempo do amor me for ruim
eu os possa senti-los novamente.
 
Roubados de tua boca carmesim,
os teus beijos molhados fiz da gente,
para que guardem o gosto de alfenim!...
 
 
JPessoa/PB
07.11.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...