( Imagem da autora: mais uma de meu velho rio Paranaíba)



MEU VELHO RIO
 
Segue tuas águas um vagar incessante;
Não sabes que teu percurso é extenso,
Nem se dá conta sequer por um instante
Que nasceste pequeno, embora imenso.
 
Segue assim sereno rumo ao mar;
Não sentirás saudade assim como eu,
Da gaivota branca a te sobrevoar,
Das árvores que vergam ao leito teu.  
 
Não sentirá saudade dos canoeiros,
Dos seixos de tua distante nascente;
Segue assim destemido e aventureiro
Regando várzeas, nascendo a semente.
 
À tua margem reina a natureza plena,
Mas caminha sempre com a solidão;
Ora sossega, ora transborda, e minha pena
Transforma em versos sua infinita oblação. 



Sonia de Fátima Machado Silva
Coromandel/ Minas Gerais


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Murmurar das águas claras ligeiras
Segue o nosso sonho num barquinho
Enfrentaremos as temíveis cachoeiras
Os estranhos   burburinhos.
 
Mas o amor vence todas as barreiras
Das matas aos desertos, aventuras
Cascatas, espumantes corredeiras
Diversas formas de magia ou loucuras.
 
O rio seguirá seu curso junto com a gente
Talvez rumo ao sul ou talvez ao norte
Nós cremos que a maneira mais consistente
É tentar a aventura, acreditando na sorte...
 
O importante com certeza é acalentador.
Nas águas correntes rolam seixos rochosos
Sonhos iniciam com formoso ardor
Vigorosos amores de gestos calorosos
 


 
 Maurélio Machado
São Bento do Sul/SC


 

Amigo, se não me engano o Velho Rio Paranaíba segue o rumo sul e sendo assim que suas águas levem a ti a minha poesia e que ela enconte a sua por ai como encontrou aqui nesse belo dueto. sinto-me imensamente honrada com tua participação. Valeu grande amigo e poeta. Abraços e até...