madrugada

I.

A poesia é a voz amada

tocando as cordas do coração.

II.

Essa é a eterna voz do meu destino.

Num silêncio eterno a vida suspira

e pergunta por mim.

III.

Se a vida suspira, não a abandone

Grite os dias do primeiro olhar

e as promessas feitas na alegria do altar.

Minhas vozes não silenciam, não dormitam

e velam as suas causas.

IV.

No velar do acontecer a noite grita

o grito de pavor:

Ó multidão! acorda e exclama

a enseja busca da noite de sonhos.

V.

Vamos dormir?

Esperanças adiadas me pedem o travesseiro

e as culpas pedem cama, para despirem-se

das máscaras do dia.

Alexandre Danel e inalda lima
Enviado por Alexandre Danel em 07/10/2013
Reeditado em 07/12/2014
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