A LETRA E O POETA...
Alguém me chamou Poeta
e fingi não ter ouvido;
não sabia se era deboche ou elogio.
Deveria parar e desmascarar as palavras
sem medo de sangrar a língua.
Não!
Como dizer-me Poeta
se a Poesia ainda desbota o brilho do poente
por respeito à fragilidade dos meus olhos?
Não confunda-se Poeta
com aquele que busca o verso.
Fazer poemas é entrar num pomar
e receber as bênçãos da Primavera
até quedar-se em êxtase
com o peso aromático da seara.
Ser Poeta é fazer da vida um pomar
sem se deixar apodrecer
na solidão da colheita…
(MAURICIO C. BATISTA)(IN MEMORIUM)
Não me considero Poetisa,
pois não possuo a qualidade dos sábios das letras
que salpicam pétalas de encantamento pelo caminho,
querendo que a vontade alheia de aprender,
manifeste-se sem causar danos à Poesia.
Ser Poetisa é caminhar pelos jardins dos segredos,
revelando toda alquimia nele contido.
Procuro relatar em meus versos,
apenas o apelo de um coração apaixonado
que insiste em demonstrar
que o amor é feito de pequenos Poemas,
assim como a vida de bons momentos...
Fazer Poesia é perfumar a alma
e sentir o sabor das palavras em cada banquete...
(ESTRELA BRILHANTE)