As vezes na correria não sei
Se ganho ou perco meu dia
E quando chega a hora de dormir
Nunca sei se penso no que farei amanhã
Ou nas coisas que hoje eu não fiz
Não sei se errar é sorte ou azar
Sorte quando os erros me ensinam
Azar quando erro achando estar certa
Queria somente a certeza de saber
O que devo fazer
Sem jamais me arrepender
Sem nada querer esquecer
Eu me perco demais
Tanto me afasto de mim
Que as vezes me vejo assim...
Dividindo a vida em duas partes
Uma me manda seguir
Outra parte me manda parar
Na duvida perco meu chão...
Será que é em vão a minha Indecisão?
                                                              (Marinez)

Viver é custear as indecisões
Com ganhos que certificam a razão,
Para perder a razão no ganho do dia.
É perder-se correndo ao desconhecido,
Que fala o que eu não penso ao dormir.
A roda da fortuna não exclui o pensador,
O pensador é quem ignora o giro.
No azar, é o mau feito calculo
Do que esbarra nas arestas.
Sorte, um vetor, do alvo às setas.
Se navegar é preciso a desvendar horizontes:
Preciso das incertezas,
Preciso do arrependimento,
Preciso pensar se é sorte ou azar,
O olhar da deusa fortuna,
A piscar-me o mar correria,
Para ganhar e perder o meu dia.
Sem isso, viver, é navegar utopia.
                                                            (Adriano J.Santos)

Agradeço de Coração a Talentosa Participação do Amigo e Poeta Adriano nesse Dueto.

 

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Marinez Novaes
Enviado por Marinez Novaes em 30/07/2013
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