Plenitude
No alvorecer do meu coração existe uma imensidão de sonhos
Alguns desfeitos, outros inalcançáveis, alguns guardo comigo e espero pelo dia que se realizarão.
Olho para dentro de mim e me pergunto: onde estou? Para onde estou indo?
Vago pela aridez dessa terra sem sonhos
Tentando esconder quem eu sou
Tentando mascarar minha mágoa
Sinto sede de alegria, fome de felicidade.
Sinto falta de um ombro amigo
Existe uma fonte a jorrar água de sonhos?
O que me move até agora são minhas memórias coloridas
Que tentam sobreviver a pressão de memórias em preto e branco
Procuro por uma explosão arco-íris
Uma explosão repleta de amor, felicidade e alegria
Que me colocarão, quiçá, no rumo que eu deveria estar
Lembro das ações passadas, revivo nas memórias
Sorrio e choro, foram tempos bons, ruins... Tempos de vida
Ah, como eu queria, queria, anseio em viver novamente
Criar novas lembranças para recordar num futuro
Mas não sei se há futuro... Não sei se estarei presente
Se estarei neste mundo, se ainda serei eu
Talvez nem mesmo este mundo ainda exista
Mas espero que ainda exista, em algum lugar
Um resquício
Um pedacinho sequer
De esperança
E então...
Meu coração por-se-à no horizonte da alegria
E viver deixará de ser ilusão
E a morte deixará de existir
Para existir somente
Tão somente, apenas
Um "eu" nesta imensidão...
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