POR ENQUANTO

Uma força latente,

uma fragilidade suave,

a menina inocente,

a fêmea fluindo na mulher,

um jeito indecente,

especial no modo de ser.

Sonhos de uma fada,

feitiço nos olhos,

a bruxa a reviver,

um andar sensual,

beijo letal, boca fatal,

veneno e pudor,

vai tirar onda deste amor?

Onda-me, molha-me, salga-me,

sinta-me como eu sinto,

me prenda com sua pegada,

aperte-me no seu cinto,

me morde, me lambe,

me acalme no seu sexo.

Com amor me bebe,

me toma com sede

e deixe que eu te engulo na fome,

conforme a nossa imaginação.

Tomara que caia aqui,

no meu colo, este amor,

por enquanto, só nos escritos,

eu grito.

Verinha Fagundes e Regina Zamora

Revisado por Marcia Mattoso