NOVO CORDEL (O QUE É A POESIA?)
NOVO CORDEL (O QUE É A POESIA?)
Diga-me caro poeta
O que é a poesia
Senão a fusão da mente, (Aila)
Alma, arte e sintonia
Resultando em poemas
Coisas do nosso dia-a-dia?
É tudo isto poetisa,
Com uma pitadinha a mais
De amor,carinho,amizade, (Antonio)
No coração que se faz,
Também tristeza e saudade,
Ou você acha demais?
Demais? Não! Vou aditar...
É ver no feio a beleza
No olhar todo o encanto, (Aila)
É exaltar a natureza,
É correr os quatros cantos,
Absorvendo a pureza.
É voar mesmo sem asas,
É sorrir mesmo chorando,
É pensar no amor distante, (Antonio)
No voar da brisa amando
No palor da lua branca
Gotas de luz derramando.
E ao derramar traz a cor
Em belíssima cascata,
Do esplendor do arco-íris (Aila)
Do verde viço da mata,
Do sonho a bela mensagem
Do amor a serenata.
Cara poetisa Aila,
Você já é poesia
Você inspira o poeta (Antonio)
À luz da lua ou de dia,
Mata a todos com o amor
Que tem a virgem Maria.
A virgem sim é poesia,
Sagro-me por ser Maria,
Bendito nome, carrego, (Aila)
Senão,nem sorte teria
Sou poesia por afeto
Aos teus olhos que irradia.
Minha cara poetisa
Nós já falamos do amor?
Falamos sim,ora lembro, (Antonio)
Mas não falamos da dor,
Que perfura o coração
E que causa um grande ardor.
Dessa dor bem dolorida
De causar um grande ardor
Que perfura em feridas; (Aila)
Nós falamos do Amor!
Também faz-se poesia!
Controverter? Não senhor!
A poesia não pode
Deixar de falar no mar,
Com as ondas murmurantes (Antonio)
Vindo a areia beijar
E a espuma beijando as pedras
E as pedras sentindo o ar.
Sentindo o ar; calmaria
Da beleza do instante
Que traz mansidão à alma (Aila)
Num cenário instigante,
A seduzir o poeta
Absorver dessa fonte.
Também não pode deixar
De falar do voo, do sonho
Do belo,do feio e triste (Antonio)
Do rosto triste ou risonho,
Se falar só de beleza,
É um poeta enfadonho.
Do pôr do sol, a beleza
Do ósculo,o puro amor
Da lua, a doce magia, (Aila)
Do sol, o brilho esplendor,
Do homem a doce mulher
Da bênção, o criador.
Ah!!! Sim, temos que falar
De Deus nosso criador,
Lembraste bem poetisa (Antonio)
Sem Ele não há valor,
Triste do homem que quer
Ser muito mais que o SENHOR.
Da bela flor, o perfume
Da noite, a brisa tranquila
Que sopra ventos de amor (Aila)
E na manhã de sol cintila
Da moça um belo canto
Que um coração rejubila.
Termino aqui estes versos
De forma bem magistral,
Beijando teus lábios rubros (Antonio)
Num beijo sensacional,
Tu sempre foste pra mim
Meu eterno e doce mal.