Sagração - Luiz Labres & Seilla Carvalho
Corpinho de formiga em generosa alma de cigarra, na poesia incansável do dia-a-dia, entre a imensidão do jardim e os caprichados segredos do formigueiro.
Segue sua alma “Branca-Flor”, transportando insuspeita, quase inocente, desta vez um flagrante revelador: a flor branca que leva para casa nas costas, quiçá uma reverência a sua Rainha-Mãe, lembra os homens de sua sagrada origem (ou missão?)... de trabalhar e amar o universo, como faz Branca-Flor cada dia.
(Luiz Labres)
A alma andante encarrega "Branca-Flor” ao chamado da imensidão, que na labuta e boniteza dos dias solares, anuncia eventuais segredos sacros a cada instante em que é flagrada, na sua insuspeita inocência de se aventurar nos intervalos da vida.
Revela nesse ato eventos cheios de curiosa magia: nela, o tempo congela e delicadamente entoa canções inaudíveis, nas trilhas norteadas de aventuras do néctar que irradia.
Trabalho e amor, pura gratidão!
(Seilla Carvalho)