Ébano e Marfim em Chamas
Nossas peles misturadas
Ébano e marfim em chamas
As vontades entranhadas
Não bastariam mil camas
Ousadia é o nosso lema
Nosso carma é o tesão
Vem, meu homem, não tema
Vem me provar, garanhão.
A lua morre de inveja
Dos amantes ensandecidos
O garanhão penetra
A potranca solta gemidos
Meus gemidos ecoam
Até onde o sol se esconde
Macho e fêmea se doam
Saciam a insaciável fome.
O mastro invade a gruta
A leoa ruge enlouquecida
A dama vira puta
Nessa foda ensandecida.
Os nossos corpos se contorcem
Vibram de tanto prazer
Se lambem, se chupam, se mordem
Até o gozo escorrer...
A pele em incandescência
A boca ávida de beijos
A língua nas tuas saliências
Afloram teus desejos
Ousadas e ternas carícias
Em nossos corpos ardentes
Olhando cheias de malícias
Se atiram estrelas cadentes
Lânguida se faz a lua
Sua face denuncia
Inveja tua carne nua
O gozo que se anuncia
Teus gemidos enche o espaço
Se contorce feito serpente
Te arrabato em meus braços
Invado tua gruta Quente
Teu corpo parece se quebrar
Enquanto soco com vigor
Teus gritos cortam o ar
Teus olhos é puro fulgor
Totalmente entranhados
Em um encaixe perfeito
Gozamos extasiados
Depois te acolho no peito