A MORTE...
A Morte não é a tarde
mergulhada no jazigo do horizonte
a sepultar o Sol em dourado silêncio.
Não é o canto resfriado do pranto
a pedir esmolas à Poesia por um minuto a mais
nos sais ribeirinhos da lágrima.
Não é o santo remédio do incurável
a julgar saudável tudo que sorri.
Não é o instante final
onde o jóquei cruza a linha de chegada
indeciso entre o céu e o inferno.
A morte é uma seta vestindo a estrada pelo avesso…
(MAURICIO C. BATISTA)(IN MEMORIUM)
A Morte não é a noite
encharcada de solidão que veste a alma
quando o céu nubla esperanças.
Não é o pesadelo que destrói o sonho
e acorda o pranto com um soluço sentido.
Não é o vazio que preenche corações
e deixa marcas nas emoções
com cicatrizes na alma.
Não é um viajante sem rumo
que encontra seu destino.
Não é o fim que aterroriza como se pensa.
A morte é um bilhete único com entrada franca...
(ESTRELA BRILHANTE)