O que te desilude ó prima-dona
Se tens da natureza o belo
Se te arrebatas pelo singelo
Enquanto a poesia te encanta.
(F.S)
Eis o que me desilude ó poeta!
Olhar para a profunda vastidão
Perdida na nau da imensidão
Sem achar o rumo da direção certa.
(D.E)
A esperança me abandonou
Levando de minha alma a alegria
Dos sonhos que em mim se desgastou
Largo os meus dias em agonia.
(F.S)
O peso dessas lágrimas vazias
Inunda a face da minha alma
Um rio de tormentas que deságua
Afogando-me nessas águas tão frias.
(D.E)
Nada mais me alimenta os sonhos
Pois são de escassa solidez
As desilusões a que me proponho.
(F.S)
Desilusões e amargas injúrias
Que transpassam minha doce e terna lírica
Transformando-a em lamentos e murmúrias.
(D.E)