Depois...
Depois...
Que o tempo te guardou no meu olhar
Que parou...
apenas para acompanhar os teus passos
Um a um...
até você me encontrar
Como evitar o inevitável do querer?
E o que eu queria...
era te ter
E os nossos desejos queriam se amar.
Depois...
Que sentimos a pele queimar
No momento do toque sutil
que os beijos desfez a distância
que o desejo se fez ato
na loucura do quarto
gemidos e gritos
no silêncio do hotel...
Depois...
Que a tua pele tocou a minha
que a tua boca a minha beijou
Como evitar o inevitável que era o prazer?
Entre os corpos que se possuíram
com lubricidade e carinho
Depois...
que nossos suores
se misturaram ao perfume do amor
e a seiva da vida nos banhou
E depois?
Como não sonhar?
E como não continuar sonhando?
Se me fizeste tua com emoção!
E tatuaste tua virilidade em minhas entranhas!
Teu perfume, teus gemidos, teus gritos em mim...
feito canção que faz vibrar a paixão
ainda ecoam no infinito e aqui em minh’alma
Depois...
quando caminhamos de mãos dadas
quando a ternura morou no olhar
e o coração se fez manso
no breve intervalo de cada
recomeçar
onde o fome dos corpos
não se saciava
Como?
Se os nossos orgasmos se reencontraram
e juntos seguiram por tantos caminhos
caminhos que sem ti... eu nunca trilhei.
Como ?
Se no labirinto dos corpos em chamas
os orgasmos se sucediam nas trilhas
desvirginadas
acordando na alma alvoradas!