Manobras do tempo
José Luiz Cristofoletti
aprendiz de poeta  &
Iza Mota


J
Hoje está chovendo tristeza no universo

um poeta sucumbiu aos desencanto do amor

sua pena não conseguiu descarregar em seus versos

suas mágoas, desencantos e sua grande dor


I
A força da chuva um arco-íris traz e

a tristeza do poeta aos poucos se desfaz

Transformando magoa e dor no sentimentos

que sempre cultivou... O amor


J
Palavras recusaram as cores ficando transparentes

a lua se escondeu e não mais beijou o mar

casais apaixonados ficaram indiferentes

e o seresteiro triste esqueceu o seu cantar


I
Um véu de ressentimento cobriu o céu

escondendo a luz do luar que tanto fez encantar.

Luar que os casais poesias fez recitar,

e em versos e prosa o amor cantar.


J
A moça desesperada que era musa inspiradora

enfeitada de lágrimas tirou o sorriso do rosto

os anjos desorientados se afastaram das pessoas

voltaram aos seus refúgios amargando esse desgosto


I
A dor foi tanta que lágrima sobre o riso rolou

levando o desencanto que o sonho destruído causou.

Trazendo para seu poeta toda inspiração que a emoção

revelada no riso e lágrimas de sua musa brotou.


J
O tempo prontamente interferiu com firmeza

acelerando as estações com muita propriedade

reorganizou a historia e usando a delicadeza

libertou o amor acompanhado de uma grande saudade


I
Tempo que fez na natureza a chuva jorrar,

as folhas voar, as flores desabrochar e os frutos doar

uma nova semente para o sonho de amor perpetuar

em teu coração que sempre saberá bem amar.





Jose Luiz
Santos 24 maio 2006 – 1:00 HS
Iza Mota - Recife-PE
24.05.06 - 6:30 hs

Iza Mota
Enviado por Iza Mota em 27/02/2007
Reeditado em 27/02/2007
Código do texto: T395155