ÁGUAS SEM MÁGOAS
Cai a chuva na madrugada
Bate na janela te chamando para fora
Brilha teus olhos a contempla-la
Teus pés descalços não incomodam
Revelando a intensidade da natureza
No clarão, tua força, águas sem magoas.
Porque me seduz? Se és ira e pureza
Intensa, insana, liberta, o peito arpoa
Peito agarrando,seduzido,ferido
Perdido na beleza ,dessa tormenta,
Indecisão, invadida pelas águas
Derramada numa noite de incertezas
Liberto, morrendo aos olhos da memoria
Mas no renascer constante, traz o castigo
Do peito corrompido, no pranto sem glória
Misturo-me as águas, meus instintos instigo