ESTIGIA EXISTÊNCIA

"A minha vida agora é como um rio

Que leva à tona, sob um céu sombrio

A murcha flor de uma esperança morta".

(Vicente de Carvalho)

Tombaram-se as flores da existência.

Murcharam no jardim da turva alma.

Ressequidas, perderam a essência:

Eterna paz, ternura e branda calma.

Pelo rosto me envolve a fria palma,

Com meus dedos ebúrneos e a demência,

Que na lânguida e fúnebre incoerência,

Mais aumentam o breu desta minh'alma.

Julguei que a vida fosse encantada,

Que a alma somente sorriria!

"Pensei que seria sempre alvorada!".

Mas é lúgubre o arpejo e a sinfonia.

No silêncio que morre cada dia,

Adormece esta vida desgraçada.

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Primeiro quarteto e primeiro terceto - Ann Bauer Kafka

Segundo quarteto e segundo terceto - Sergio Marcio

angelk e Sergio Marcio
Enviado por angelk em 06/10/2012
Reeditado em 06/08/2014
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