CETIM SUAVE // CEDA Dueto DalvaLúcia e Renato S.Trigueiros
Silente nos olhamos...
Como abelhas atraídas pela flor
Perco-me no mar de teu olhar
Enfeitiço-te com meu cheiro
Silente não apenas no ohar.....
Zangão atraído pela flor
Nos grandes lábios vivo a me encontrar.....
Atraido pelo teu cheiro... Adoro o paladar....
Teus beijos incitam-me...
Loucos... Loucos desejos
Desperta minhas fantasias
Fico tonta perco o senso
Que supliquem as más línguas.....
Por não participar deste bailado
Desejo que todos morram as mínguas...
Ao admirar as línguas e o sapateado
Sou água... Terra... Vento... Fogo
Em meu corpo o mundo todo
Tuas caricias me vestem
Meu amor é chama que alimenta
Nas tuas mãos o elementar.... Sou apenas um jogo
Te visto das minhas fantasias me dispo da timidez
No teu corpo garimpo, galopo ao vento o resto é fogo....
Ao som de cavalgada, varamos a madrugada na ilucidez
Como anjos enlodados...
No febril delírio de nossa voraz volúpia
Nossos corpos amantes entregues...
Aos sentidos fortes... Devasso
Não só do amor enlodados na relva da colina
Por pernas e totais sentimentos entrelaçados....
Corpos entregues agora mulher antes menina....
Em todos os sentidos corpos devassados
Enquanto na noite a lua flutua
Eu e tu entrelaçados...
Roçando nossas peles...
Deslizando no cetim suave
Enquanto la fora na noite a lua flutua....
Corpos se escondem sob a neblina
Ao pé do ouvido confidencia sou tua....
Ceda mais um pouco para tua menina...
Loucos!Apaixonados...
Sem pudor... Minhas coxas abertas
Sem defesa... Nua!
Tua boca crua sobre a flor
Fingindo ingenuidade pernas entrelaçadas....
Assim encontrava-se antes o meu amor....
Um breve sorriso e as coxas desbravadas
Sem defesa! A boca é minha a flor é tua
Escorem as lágrimas de prazer
Tuas mãos percorrendo...
Meus puros e simples desejos
No desleixo dos lençóis
Não só as nossas lágrimas nestes prazeres
Mãos atrevidas bisbilhotam as nossas vidas
Desejos sob os lençóis, afrodisíacos poderes...
Sem ditar quais das coordenadas a preferidas
Ensopada de paixão...
Degusto teu corpo num ritual estranho
Leviana... Desnuda... Já sem fôlego
Deixo-me sucumbir em puro gozo
Assim da entrada ao prato principal.....
Sou degustado sem nenhum ritual.......
Com a voraz vontade de um animal.....
E ao final o gozo... O que é normal....
Obrigado amável poeta Renato S.Trigueiros
Pela honra de sua amável e belísima interação