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FLOR
Odir Milanez
  
Do nada ela nasceu. Seu nome: Flor.
Parto normal, num chão acimentado.
Qual boneca de trapos sem valor,
largaram-na num charco abandonado.
 
Alguém a viu, serviu-a, deu-lhe amor.
Ela cresceu, floriu, deu-se cuidado.
Pôs na pele morena nova cor,
o cabelo esticou, fê-lo aloirado.
 
Quis ser bem mais na vida complicada.
De seu corpo virgíneo fez leilão
e se deu sem se dar apaixonada.
 
Aos poucos, foi perdendo a cotação.
Drogou-se, endoideceu e, sem mais nada,
deu fim à vida. A Flor voltou ao chão!
  
JPessoa/PB
02.10.2012
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor... 


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APENAS FLOR
Ysolda Cabral


 

Hoje sou apenas Flor
Uma Flor qualquer
Nascida em qualquer lugar
Não tenho nome
Não tenho cor
Mas tenho beleza
Sou delicada e bem faceira
Meus espinhos são feitos
De goma elástica
Para não machucar
Apenas jogar longe
Quem de mim se aproximar
Meu perfume se espalha
Por todos os lugares
E se você fechar os olhos,
Respirar bem fundo
Sentirá minha fragrância
E ficará a mercê dela
Por que hoje sou Flor
Flor que não serve para nada
Só para homenagear
O AMOR

Praia de Candeias - PE
Em  02/10/2012
Apenas Ysolda 

Uma pessoa que chora e ri de alegria,
tristeza ou sauddes, sem pudor. 

 
oklima e Ysolda Cabral
Enviado por oklima em 02/10/2012
Reeditado em 18/08/2016
Código do texto: T3912541
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