CINZAS
 
No amor é assim...
Comemoramos pela grande chama que se propaga
De repente uma grande fumaça se levanta...
É quando vemos as pequenas brasas que sobraram cobertas pelas cinzas
Sendo apagadas por uma simples garoa fina...


(Edson)


Chama que quando se propaga, queima e arde
Levantando faíscas de um fogo intenso...
Mas quando a chuva fina se desgruda do céu
Caindo sem cessar sobre as labaredas,
Pouco a pouco vemos uma nuvem de fumaça
Sendo levada nas rajadas do vento
E no chão as cinzas de tudo o que restou...


(Beth)





Primorosa ineteração poética:


Uma rosa afogueda sempre arde
no coração candente de quem ama,
sobram fagulhas, labaredas, chamas
que se propagam em estrepitoso alarde.

Sobe a fumaça no preâmbulo da tarde
deixando ver as brasas coruscantes
que se apagam pouco a pouco, bruxuleantes,
enegrecidas pelas cinzas covardes.

Do plúmbeo céu desaba a chuva fina
que acaba por enregelar a fogueira
que ardia no coração da menina.

E de ardente, saliente e lampeira
tornou-se a alma entregue à frialdade
que enterrou em cinzas uma vida.


(Aleki Zalex)
BETH LUCCHESI e Edson dos Santos
Enviado por BETH LUCCHESI em 10/09/2012
Reeditado em 11/09/2012
Código do texto: T3874367
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