VULTOS OBSCURO Duo de DalvaLúcia e MarcosOlavo
DalvaLúcia
Minha’lma com as estrelas divide sua lírica
O sofrimento guardado no fundo do peito
A solidão e a saudade inflamatória
Afloram os pensamentos que entontecem
Com sua sombra e assombros...
Manias... E vultos obscuros...
Os temores mais corruptos como vermes...
Atormentam-me e me perseguem
A’lma soluça em prantos...
Nesta viagem nostálgica
Que me cobre como um manto
Nesta elegia que incendeia
Pálido passado! Que em saudade regressa...
Antes que eu adormeça faço uma prece
Sonhando-te encontrar após o sono
Com perfume de jasmim ou de vinho
Que em seus braços eu me enlace
Marcos Olavo
Cavalgada na escura lembrança,
Onde interrompo no cais negra,
Com a voz trêmula no coração,
Que brilha teus dias ardentes,
Verte-te tanta chama no céu.
Caído do momento quem é?
A dor?Do vulto do trovão na febre...
E galopada do vale fresco...Oh!
Na visão poluída acordada hoje
Não ouve os gritos do medo
E acreditar-te o lembrar do lápis?
Aonde vai minha poesia cega,
Caindo de todas as estações,
Martelando sempre teu despertar?...
Tu lembras... Na pobre linha gasta
Um tropeço teu amor em distância?
É um beijo da sede cavada?
Invisível, quem é? – Que sinistro,
Quem te busca da fome imaginária
Pela sorte do abraço em corte?
Obrigado poeta MARCOS OLAVO
Pela brilhante e amável interação