Odisseia nas estrelas
Odisseia nas estrelas
Me alimentando de versos
Pungente em inspiração, vou partindo num sonho....
Onde ondas de mar salgado
E as elevações das rochas das serras parecem se juntar...
Descubro o poder da poesia...
Poesias se destilam no aroma das palavras.
O quanto de longe, o oceano em ondas
Em ondas de maresia, corroendo as distancias
Procuram os meus desassossegos
E dessa minha alma que se transforma.
Num sete-estrelo, das muitas aparições que contemplo...
As imagens são sedutoras, na imaginação.
Vivem em cada universo que se apresenta
Dentro de toda composição.
Como se astros loucos, olhassem as pedras,
Os passantes com suas dores,
Os cães desnorteados de fome.
Anjo sábio não se precipita,
Voa sobre o meu engano...
Me protege com orelhas e asas de abano.
No camarim do set... Estrelas retiram vestes
Para pousarem nuas, no firmamento.
Não precisam de holofotes, tem brilho próprio.
Na platéia, seres celestes e terrestres
Aplaudem feito pausa do compasso
Sons e eco no espaço.
Orquestra filarmônica de estrelas, executando
"As quatro estações"!... de Vivaldi"
Tendo por platéia o Luar infinito.
Luares acomodados em nuvens celestes
Tendo como pano de fundo o universo
E versos soprados pela "Rosa dos Ventos"!...
Uma angústia me faz correr...
Tentando ser mais veloz do que o tempo,
Do que o vento, do que a força que em mim habita.
Nem de pés descalços, consigo alçar voo.
Me embrenho pela mata querendo chegar aos pés do abismo
Procurando meu ser no solo do precipício.
Quando da janela, uma voz ouço:
Filho...Não vá se ferir com espinhos....
Saudades das árvores da minha infância.
Tento dormir com a janela aberta, não tenho sono...
O delírio está além de todas as loucuras!
Além da sobriedade que me consome.
Francisco Cavalcante & Tony Bahia.