*QUANDO OS OLHES SECAM
Delasnieve Daspet
Quando os olhos secam
É porque já chegamos a um lugar
alem das lágrimas.
Um espaço desolado e silencioso
Onde nada cresce
E os sonhos são abatidos
Por falta de sustento.
Sem perceberes, alheio ao que te cerca,
cruza o rio invisível...
E teus olhos e tua boca
Jazem, cheios de pó, no incomensurável.
Perdi as lágrimas, perdi o conforto.
Apenas o vazio
Há séculos recordas e ouves.
Quando os Olhos Secam
Sonia Nogueira
É rio que não corre na vertente
O dia descolorindo a poesia
A alma já cansada em agonia
Veleja sem ter rumo afluente.
As sombras murcham alongadas
O corpo indolente quase nada
Derrama languidez na madrugada
Embalde fita olhares nas estradas.
A face perdida na distância
Perde o rosado da alegria
Nem o vento varre a agonia
Mas carrega da hora a vigilância.
As horas estacionam dolentes
A vida corriqueira se multiplica
A lágrima vazia só implica
Em não aparecer, lágrimas carentes.
Delasnieve Daspet
Quando os olhos secam
É porque já chegamos a um lugar
alem das lágrimas.
Um espaço desolado e silencioso
Onde nada cresce
E os sonhos são abatidos
Por falta de sustento.
Sem perceberes, alheio ao que te cerca,
cruza o rio invisível...
E teus olhos e tua boca
Jazem, cheios de pó, no incomensurável.
Perdi as lágrimas, perdi o conforto.
Apenas o vazio
Há séculos recordas e ouves.
Quando os Olhos Secam
Sonia Nogueira
É rio que não corre na vertente
O dia descolorindo a poesia
A alma já cansada em agonia
Veleja sem ter rumo afluente.
As sombras murcham alongadas
O corpo indolente quase nada
Derrama languidez na madrugada
Embalde fita olhares nas estradas.
A face perdida na distância
Perde o rosado da alegria
Nem o vento varre a agonia
Mas carrega da hora a vigilância.
As horas estacionam dolentes
A vida corriqueira se multiplica
A lágrima vazia só implica
Em não aparecer, lágrimas carentes.