f. SONO (DEDICO AO DIA 22 DE MAIO – GEMEOS)
SONO
(DEDICO AO DIA 22 DE MAIO – GEMEOS)
Durmo.
O som da casa vazia já não me desperta.
Casa cai; casa levanta; casa rui; cara ruim.
Paredes amarelas, azuis, anis.
São brancos, pretos, pardos não importa a tez.
A textura, o libido, o ritmo
No sono sou solto.
Sou Pégassus contra o Sol
Sou a estrela que brilha, mas que já morreu e sua luz continua a viajar
Roto, ralo, raro
Sentimentos apagados, sentimentos massacrados
Massageio-me. Toco-me no corpo de outro alguém
Lagrima, luto, loucos somos apenas corpos
Somos a pior masturbação
Somos o olá e até logo
Fui, sou e serei movimento.
Sou como as ondas, sou a maré crescente
Meu membro pulsa e lateja
As Ondinas a mim se entregam
Sou Orgias estou em Orgia e por isso choro
Mas há te ter esperanças de encontrar o ritmo
Marcar o passo e caminhar na estrada
Erguer os escombros e sacudir a poeira
Sonho com a vida que tive.
Sonho com o suor do amor que passou
Sonho com em não ter a saudades
Tudo é utopia, pois vivo num umbral perdido como o ultimo da fila
E entre lagrimas e gritos
Desperto
André Zanarella 09-05-2008
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"MOSAICO"
Juntando pedaços,
analisando os cacos,
reconstruindo imagens,
sonhos perdidos no tempo,
mosaico das horas,
soprando a poeira do tempo,
mescla as cores das paredes,
do quarto,
da cozinha,
da sala de estar,
Mosaico
rejunte as peças,
rejunte os pesadelos,
rejunte a vida,
o sexo
e o amor,
ao completar o mosaico
serás tão lindo,
mas não mais serás um
vaso que enfeita a mesa da sala,
nem mesmo um azulejo da parede
da cozinha
da copa,
Serás recordações, do caco
algo belo
que emoldura a parede nova da sala.
Do resto tudo eras apenas
CACO...
Henrique Cunha 09-05-2008