LEMBRANÇAS & LEMBRANÇAS DERRETIDAS

Clara da Costa

Aquele olhar ficou impregnado

nas teias da saudade...

em certos momentos vem aquele friozinho

que nos faz sorrir e lembrar.

Ah, quantas lembranças escondidas

nos labirintos d'alma,

quantos sabores e aromas nunca antes sentidos,

mas sentidos contigo!

Fecho os olhos,

penso naquele olhar que sorria,

naqueles dedos que passeavam entre meus cabelos

quando roçavam seu corpo.

Mergulho em mares,

voo pelos céus,

caminho em noites solitárias,

à procura daquele olhar...

***

Eduardo Gragnani

Quanto tempo passou e ele nunca mais a viu.

Quantas saudades embutidas em uma

única lágrima rolada de um suspiro,

este que, não mais trará esperança

de algo perdido.

Amor sublime, amor enraizado,

amor odiado, amor carnal.

Ele não tem mais palavras para expressar

seus sentimentos perdidos no tempo,

não mais.

Relâmpagos de raiva surgem em querelas,

deixando-o mais triste e desconcertado,

perante a lembrança daquela que se foi e,

sabe-se que jamais voltará.

Um, dois, três...

um sorvete colore, o escolhido foi você.

Porque não.

Porque suas lembranças não podem se tranformar

em sorvete, seria tão fácil livrar-se do que tanto

o afligia.

Elas derreteriam na proporção de seus pensamentos.

Enfim, uma saída inusitada,

virar sorvete.

Que bom seria!

Abril/12

www.saiadotom.com

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 29/04/2012
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