Morador de Rua

Enquanto estou aqui

No aconchego do meu La

O meu próximo vive ali

Sem teto, no relento a vagar...

Dias e noites

Uma eterna realidade

Ou mera provação

Excluído da sociedade.

Oras quente; oras fria.

Outras chuvosas vagando...

Debaixo de pontes e marquises

Como um cão faminto, abandonado!

Humilhado, violentado

Pelo seu semelhante escravizado

Queimado, espancado, judiado.

Como se fosse um condenado!

Sem direito a perdão

Sem direito a revolta

Seguindo uma infeliz resignação.

Como dói meu coração!

Ver o meu irmão

Tratado como um nada, nenhum e ninguém.

Sendo manchete de programa de Tv.

Enquanto centenas de milhares os assistem

Mas ninguém consegue se compadecer

Nessas horas eu me pergunto:

Cadê os donos do poder?

Domingo, 15 de abril de 2012.

Pasico
Enviado por Pasico em 16/04/2012
Código do texto: T3616769
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