SEM FLORES NEM CORES...CCristal / DEPOIS QUE A CHUVA PASSA...Luiz Poeta

SEM FLORES NEM CORES...

Carmen Ortiz Cristal

A chama crepita no coração

No rosto deslizam as lágrimas

As mãos estão vazias

A saudade cala no peito

Por onde andará o sol?! Assustadoras,

a noite se faz permanente,

a dor envolve minhas horas vazias...

Levaste contigo o jubilo das cores!...

Apagaste meu sorriso!...A natureza reclama

As fontes, antes dançantes e belas

entristeceram a tua partida...

Um mundo em preto e branco!...

Sem amor fez-se triste meu caminho...

Mortas as flores, ficaram espinhos.

Santo André

SP-BR

12.01.2007

DEPOIS QUE A CHUVA PASSA

Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barros

Às 10 h e 31 min do dia 21 de janeiro de 2007,

especialmente para a sensibilidade da minha eterna irmã de sentimentos Carmen Cristal.

A natureza sempre nos ensina

A conviver com a vida e com a dor;

A noite chega... o céu se ilumina;

A dor se vai e nasce um novo amor.

Assim como uma lágrima desliza

A chuva cria estrias na vidraça;

O pranto põe a dor na pele lisa;

A chuva até parece que não passa...

Depois que a chuva cessa, um ramo brota,

Sutil, e no jardim... tão esquecido

A flor, como um amor que nem se nota

Desbota o sentimento mais doído.

Assim é o nosso amor, ele se instala

No abismo de um silêncio lacrimal

E como um bebê, aprende a fala

Do seu primeiro amor mais natural.

O riso faz nascer, então, do pranto

O brilho escondido em nosso olhar,

Que seca a solidão do desencanto,

Que a nossa emoção quer olvidar.

Lembramos nossos gestos necessários

Sublimes.. e, com os olhos de um menino,

Sorrimos nossos risos... solitários

Buscando entender nosso destino.

E então... como uma dor que não se sente

Na pele, mas maltrata um coração

O desamor mergulha na corrente

E torna cristalina... a emoção.

CCristal
Enviado por CCristal em 27/01/2007
Código do texto: T360006
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